ARRONCHES - Eleições tempo para reflectir!
- Redacção - Notícias de Arronches

- 24 de set.
- 3 min de leitura
O tempo de eleições é sempre um convite à reflexão. Mais do que escolher nomes ou partidos, é o momento de pensar no futuro da comunidade em que vivemos.

As autárquicas dizem respeito ao quotidiano: às ruas, aos serviços, aos espaços públicos, à vida em comum. Votar é um acto de responsabilidade, mas também de esperança — a esperança de que cada decisão ajude a construir um lugar mais justo, mais próximo e mais humano. Este é, portanto, o tempo de escutar, de questionar e de ponderar com serenidade. Porque o voto é, acima de tudo, uma semente lançada no presente para germinar no futuro da nossa terra.
Este tempo para reflectir não é um período único, a reflexão deve fazer parte do nosso período de vida, faz parte de cada iniciativa, de cada pormenor, de cada decisão que temos que tomar em consciência - do que é o melhor para cada um de nós.
As eleições hoje mais do que nunca, os putativos candidatos têm meios ao dispor para fazerem passar as suas mensagens - as suas promessas muitas vezes falhas de conteúdo. As redes sociais que permitem baralhar para repartir, as entrevistas (na imprensa ou nas rádios), os vídeos são hoje por hoje, os desígnios na 'ambição' de chegarem ao poder, para servir os eleitores ou, em alguns casos, esse poder é utilizado em proveito próprio, como os casos de corrupção e outras trocas de favores que por aí existem.
Os programas eleitorais estão repletos de um maior bem-estar para os eleitores, num saco onde cabe de tudo: fazer o que nunca foi feito, ou mesmo prometer aquilo que eles e nós eleitores - sabemos ser impossível de cumprir.
Arronches como em todos os locais, há um passado, um presente… e todos queremos um futuro melhor, em especial pelo período que vivemos no mundo actual. Nestes anos de democracia, pelo poder local passaram Miguel Lagarto, Gil Romão, Fermelinda Carvalho e agora João Crespo. Todos eles deixaram para o bem, ou para o menos bom a sua marca, independentemente das cores partidárias que sempre foram muito similares ao que nos apresentam para dia 12 de Outubro.
Num olhar para o passado recente, podemos retirar algum conteúdo para esta reflexão que se impõe. Nas eleições de 2021 os resultados merecem análise, se tivermos em conta o número de eleitores.
Pese a abstenção no país, Arronches registou uma das mais baixas taxas (22,84%). Os votos repartidos também pelos mesmos partidos ou coligações ficaram assim distribuídos para a liderança da Câmara Municipal: PPD/PSD 53,26%; PS-40,43%; PCP-PEV-2,57% e Chega-1,54%. Não votaram 577 eleitores, houve 15 votos nulos e 28 em branco.
Já para a Assembleia Municipal o PPD/PSD manteve uma votação um pouco mais alta (53,98% ), o PS desceu (37,71%), PCP-PEV e CHEGA subiram a votação.
Nas Assembleias de Freguesia o PPD/PSD foi primeiro na freguesias de Assunção, onde o CHEGA obteve resultados; o PS venceu na Esperança, enquanto o PPD/PSD venceu também nos Mosteiros.
Passaram quatro anos e há uma nova apreciação do trabalho efectivamente feito em relação às promessas eleitorais. Cada eleitor tem a sua visão muito particular, porque os números do passado valem o que valem mas, indubitavelmente servem de motivo para uma reflexão. Para essa reflexão e tendo em conta os números apresentados, aqui fica o debate entre os partidos com representação na Assembleia Municipal, os mesmos que em 2021, discutiram o poder.
Fernando N. Marques|Director-Notícias de Arronches





.png)




Comentários