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Desliguem os telefones e vão brincar

A primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen anunciou que o país vai proibir o uso de redes sociais por menores de 15 anos, acusando os telemóveis de “roubarem a infância das crianças”. O governo já tinha decidido banir os telemóveis em todas as escolas e ATL.


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Uma tendência mundial. A Austrália impôs restrições semelhantes (proibição até aos 16 anos), e a Noruega prepara-se para elevar a idade mínima de 13 para 15 anos.

Estas medidas surgem após estudos que ligam o uso excessivo de smartphones a ansiedade, depressão, stress, distúrbios do sono e dependência. Actualmente, 46 estados norte-americanos já têm restrições obrigatórias ao uso de telemóveis nas escolas públicas. Em mais de 79 países já se aplica algum tipo de restrição ao uso de telemóveis em contexto escolar.

O que acontece em Portugal? A partir de Setembro de 2025, os alunos do 1.º ao 6.º ano deixaram de poder usar telemóveis nas escolas. Para os do 7.º ao 9.º ano, o uso só é permitido com fins pedagógicos e sob supervisão dos professores.

Dispositivos mais preparados. Em vários países, os pais enfrentam o dilema do primeiro telemóvel dos filhos. Na Austrália, cresce a procura por telemóveis simples, smartwatches infantis e modelos com controlos parentais integrados.

Alguns dispositivos, como o HMD Fuse, permitem aos pais activar gradualmente funcionalidades como câmara ou redes sociais. Outros, como o Light Phone, são deliberadamente minimalistas: sem navegador, câmara ou aplicações.

O que diz a ciência? Especialistas recomendam atrasar o mais possível a introdução de smartphones e envolver as crianças na definição das regras. Um estudo britânico revelou que 46% dos jovens preferiam ter crescido sem internet, e cerca de metade apoia um “toque de recolher digital” após as 22h.Um estudo da UNESCO confirmou que retirar os telemóveis das escolas melhora os resultados de aprendizagem, sobretudo entre os alunos com mais dificuldades.

Os miúdos querem mesmo estar online? Na Alemanha e nos Países Baixos surgem movimentos como o The Offline Club, que promove encontros e retiros sem telemóveis. Os eventos “desligados” — já realizados em cidades como Amesterdão, Paris, Londres ou Berlim — atraem milhares de jovens que procuram “reconectar-se com o mundo real”.

Redacção|Créditos: 24 Notícias

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