Acaba de ser dada à estampa o nº 12 da Revista ‘Mais Alentejo’ de que é director Luís Godinho. Publicação que conta com um valioso número de colaboradores e fotógrafos.
Este número debruça-se em particular sobre as ruínas do nosso Alentejo. “São dezenas de monumentos ao abandono por todo o Alentejo”.
Numa ‘viagem’ pelo Alentejo, fotógrafos e colaboradores, fazem o retrato desta situação deplorável de um país que não sabe preservar o seu património.
Ao folhear a revista (aqui) somos ‘confrontados’ com a realidade e opiniões de várias personalidades das letras, jornalistas e do ensino (professores universitários) algumas das quais do distrito de Portalegre.
Lamentavelmente passam ao lado da reabilitação do Convento de Nª Sr.ª da Luz em Arronches. No entanto é referido as ruínas Romanas de Torre de Palma em Monforte (pág. nº 8 - texto e fotos de Alexandre de Barahona)
Entrevista com Rui Cardoso Martins, autor do ‘Contra Informação’ e argumentista do filme “A Herdade”, a propósito do seu novo romance “As Melhoras da Morte”, diz crescer no Alentejo é uma “espécie de esta falsa ligeireza alentejana”, que identifica se deve “a uma questão de inteligência e de defesa, ao mesmo tempo contra a dureza do mundo e da própria história que nos caracteriza”, afirma
Na entrevista diz que “Os alentejanos são tratados como lentos, estúpidos, com um sotaque que é gozado... e vemos isso nas anedotas. Mas, ao mesmo tempo, há ali uma sabedoria qualquer e por isso é que os alentejanos também sabem contar belas piadas”, remata.
Perguntam-lhe como tem sido a sua experiência como argumentista? “E outra coisa é que nada se faz bem sozinho. Muitas pessoas, os argumentistas são os primeiros, são aqueles que lançam os fundamentos e que muitas vezes acabam esquecidos. Tive óptimas experiências com vários realizadores, como o Tiago Guedes (marido da actriz Isabel Ribeiro e alentejano por adopção), no filme “A Herdade” (exibido no Centro Cultural de Arronches) que fez um belíssimo trabalho.
(Redacção)
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