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Tribuna do Director
Fernando Marques

A notícia que é noticia…e a que nem tanto

Parece confuso este título mas, passo a tentar explicar. A profissão de jornalista não é fácil. Ser jornalista é um gosto especial e, ao mesmo tempo, quase como uma 'missão', muitas vezes de grande stress, em especial na hora do fecho das edições e horários fora do normal. 
Para o jornalista “A notícia é fruto de condicionantes pessoais, sociais, ideológicas, culturais e históricas, do meio físico em que é produzida e dos dispositivos tecnológicos que afectam a sua produção”, defende o artigo-estudo “Construindo uma teoria do jornalismo”
[1] Sousa 2002.
Tudo passa a ter conotação subjectiva. Até o estabelecimento de critérios para o género jornalístico é posto em discussão: verdade, objectividade, neutralidade e imparcialidade.  Conceitos relativos que tomam perspectivas diferentes na teoria e na prática.
A notícia num passado muito recente quer escrita como falada, tinha o código deontológico da profissão, as fontes, a forma como era feita a notícia (objectiva, imparcial, concreta e precisa) mas, acima de tudo a imparcialidade ao relatar os factos.
(In)felizmente com as redes sociais (com o bom mas também, o de menos bom que nos trazem), há como dizíamos a 'notícia que é notícia…e a outra que nem tanto'. 
Senão vejamos. Hoje as redes sociais são sem dúvida, o meio de canalizar o leitor para a notícia publicada pelos órgãos de comunicação social. Estes devidamente regulados e onde há sempre um responsável pela notícia, quer seja o seu director ou o articulista.
Para nós portugueses, parece que se estabeleceu uma regra: votamos nas eleições e os políticos depois que resolvam os nossos problemas. Ora isso nem sempre é possível em democracia sem a intervenção cívica dos eleitores.
No nosso caso enquanto Notícias de Arronches, somos confrontados diariamente através das redes sociais, que parece haver um gosto mórbido pelas notícias respeitantes a acidentes, polémica ou então títulos sugestivos, que despertem nos mesmos a curiosidade. Temos como exemplo os 'gosto' no Facebook…e a realidade dos visitantes ao site, a que o administrador tem acesso.
Na política ao longo destes anos em que estamos presentes nas reuniões da câmara (com raras excepções, ou por saúde ou estar fora da vila), sou eu, enquanto director deste jornal que estou presente na sala dessas reuniões. Em alguns casos mais uns quantos se há por exemplo uma licitação para adquirir habitação, quer seja arrendamento ou lotes de terreno.
Com a chegada do PSD ao poder autárquico em Arronches, foi pensado e bem que, com a descentralização, levando as reuniões da câmara uma vez por mês, alternadamente às freguesias rurais, teriam maior número de assistentes. Tem-se comprovado ao longo dos tempos que, mesmo nestes locais os fregueses não comparecem. A ideia tinha todo o cabimento em aproximar eleitos dos eleitores, só que não resulta. Talvez porque falta o condimento de que tanto gostam: Polémica!

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Eduardo Costa
Jornalista e Presidente da ANIR

TEMPO INCERTO 

“O tempo está incerto, no mesmo dia vem um sol quente, como vem frio e chuva! Não sabemos com o que contar. Está como o nosso governo!” A senhora de idade avançada reflectiu o sentimento comum.
A descrença das pessoas nas instituições é grande. “Não há pessoas capazes de nos governar”. Esta é uma expressão muito comum. “Mudar de governo para quê, se são todos iguais…”
Temos produção, exportação, turismo, povo hospitaleiro, juventude bem formada, bons trabalhadores, empresários empreendedores. Só nos faltam políticos capazes. Os partidos não souberam atrair os melhores. Há bons políticos? Há! Conheço vários. São sérios e empenhados na nobre missão de servir a causa pública. Mas, não é difícil concordar que não saímos da cepa torta. Somos um país sempre adiado. 
Como diria o novo director executivo do SNS, o problema não é a falta de dinheiro, falta-nos organização. 
Não posso esquecer as palavras do cônsul romano, quando justificou perante o imperador os problemas que tinha na península ibérica: “há um povo para o lado do mar que não se sabe governar nem deixa que o governem”.
As contas do estado estão certas. Claro que sim! Com a montanha de dinheiro que está a entrar da Eurolândia, não é difícil. O dinheiro que vem da UE está a servir para pagar o despesismo do estado. Devia ser todo para investir no nosso futuro. Mas, é sabido que é desviado para pagar contas, disparates e outras coisas menos agradáveis. Tem sido sempre assim. Mudam-se os políticos mas a (ruinosa) política mantém-se. 

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