Portalegre - Manifestação de agricultores
Dirigiamo-nos para Portalegre hoje (dia 9 de Fevereiro), quando nos vimos no meio de uma fila imensa de viaturas na EN246 entre as rotundas que dão acesso à capital do distrito.
Era a anunciada manifestação convocada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
Para além destas viaturas que se acumularam na estrada, juntaram-se mais de 300 máquinas agrícolas entre tractores e outras que depois entupiram as ruas da cidade.
Foi quase uma hora que levámos para sair dali para ir ao médico. As autoridades nem um corredor abriram no sentido de facilitar a evacuação de alguém numa situação grave.
Tudo isto porque os agricultores acusam o governo de “desmanchar o seu ministério”, com as politicas que quer implementar no sector agrícola.
As manifestações são um direito que a constituição consagra mas, ao serem anunciadas previamente, teria que haver por parte das autoridades policiais, uma forma de prevenir eventuais casos de emergência. No caso desviar parte do trânsito para a zona industrial que podia sair logo no IP2.
Os líderes do PSD assim como o CDS-PP, sem representação parlamentar não recordando a sua participação no Ministério da Agricultura (?), acusam o governo de “desvalorizar o sector agrícola. A bipolarização partidária (PS ou PSD no governo) tem destas coisas...amnésia.
Para o presidente da CAP em declarações à Lusa considera que “o Governo está a "desmanchar" o Ministério da Agricultura e que a ministra do sector é o "carrasco" desta acção "imaginável" para os produtores agrícolas”.
Em declarações à Rádio Portalegre, no Campo da Feira, Oliveira e Sousa acusou a ministra de estar “empenhada em destruir” o ministério da Agricultura.
O dirigente considerou “o comportamento da governante de “incompreensível” e asseverou que os protestos dos agricultores não vão parar”.
Na mesma intervenção o dirigente afirmou que “um dos principais motivos da contestação dos agricultores prende-se com a decisão de integração das competências das Direcções Regionais de Agricultura nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional. Outro motivo é o atraso “crónico” nos pagamentos do Programa de Desenvolvimento Rural (no âmbito do Portugal 2020) ”.
(Créditos - Lusa e Rádio Portalegre|Fotos - Nuno Veiga, R.P. e N.A.)