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O ‘MALEFÍCIO’ DAS SONDAGENS


A determinada altura das nossas vidas, as sondagens começaram a proliferar como cogumelos, muitas delas tendo à cabeça antigos dirigentes sindicais.

Hoje encomendam-se sondagens para tudo. Há não sei um quando número de empresas que podemos levar ou não em conta, pois nunca sabemos quais os interesses que estão por detrás de cada uma delas. Logo o interesse de quem as contrata ir ou não, de encontro às suas preferências.

Mas é na política que as sondagens atingem uma dimensão nunca antes pensadas e, a tudo isto, há que juntar a força das redes sociais, que hoje desempenham para o bem e para o mal, um papel a ter em conta, quando se trata da liberdade de expressão e opções de escolha.

Estamos em plena campanha eleitoral para as eleições legislativas, uma das mais importantes das últimas décadas pelo período que atravessamos, quer a nível pandémico, como socioeconómico.

Temos agora sondagens com projecções diárias, para saber que percentagem tem o António Costa ou o Rui Rio ou, mesmo se o Chega será ou não a 3ª força politica nestas eleições.

O ‘malefício’ disto tudo é que já tivemos o exemplo das autárquicas, em especial em Lisboa. A margem percentual era tão vasta em relação a Medina que, se calhar, houve muito lisboeta que achou que eram ‘favas contadas’ e não necessitava de ir votar. Afinal o que é que aconteceu; veio o Moedas e ganhou a Câmara de Lisboa.

Agora perante as legislativas, com um grande número de eleitores em isolamento profilático ou quarentena, vai haver menos quem vá às urnas depositar o seu voto. Se a tudo isto tivermos em conta que também a climatologia tem influência nestas coisas, as sondagens podem voltar a ser um fiasco, e um mau contributo para os actos eleitorais.


(Imagem - D.R.)

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