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O ESTRELA... E PONTOS VERMELHOS NO DISTRITO

Quando recordamos que ainda não há muito tempo Arronches era uma localidade olhada de uma forma positiva no contexto do Sarscov2-Covid-19, como um local apetecível pelo baixo índice de contágios, o que levou à sua procura como um lugar seguro. Esse lugar seguro de então, levou a que casas que estavam fechadas há muito tempo, recebessem descendentes de arronchenses que não vinha à terra dos seus pais ou avós; que levou a que muitos montes por este concelho fossem procurados como um local de refúgio, onde parecia que o vírus não tinha muita apetência…


Num curto espaço de tempo, pelo ‘aventureirismo’ dos que nos governam, ‘abriram’ as portas a um Natal e Ano Novo, que trouxe consigo um aumento significativo de casos que nos coloca no mapa do distrito, a par de Gavião e Castelo de Vide naquele horrível vermelho de onde parece ser difícil sairmos se olharmos para os outros concelhos vizinhos.

Todos sabemos que muito depende do número de testes e rasteamentos que se fazem no distrito mas, é preocupante que andamos aqui há já alguns dias, em que recuperam uns três ou quatro… mas surgem novos casos e não saímos dos dois dígitos.

Nesta fórmula do índice ‘R’ de números de infectados por 100 mil habitantes, 22 ou 24 casos num concelho com três milhares de habitantes não pareceria muito mas, no cálculo desse índice coloca-nos como de extrema gravidade.

Os muitos dias de confinamento mexem com a saúde mental das pessoas. Felizmente que em Arronches somos uns privilegiados, ao podermos dar um passeio higiénico em torno da ribeira ou do rio Caia; olhar o verde dos campos, o sussurrar da água a correr por entre as pedras. Podemos e devemos mas, sempre, mas sempre, com o devido distanciamento e a inseparável máscara…que é obrigatória. Há por aí ainda algumas pessoas a passear ‘esquecendo-se’ da máscara.

Todos os cuidados são poucos, só quando nos vimos afectados por familiares ou amigos, caímos na realidade. Neste fim-de-semana pariu uma dessas personagens que tinha o privilégio de ter muitos amigos: o Amigo Estrela dos Mosteiros. Quem nunca ali comprou pão; quem nunca ali bebeu uma cerveja; quem nunca ali viu uma largada pelas festas da sua freguesia; quem nunca ali mandou assar um borrego, um cabrito ou comeu o seu afamado leitão.

São muitos ‘quem não’, como muitos sentiram a sua partida mesmo para além dos familiares. DEP.

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