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O ‘AMIGO’ INGLÊS

Há supostos ‘amigos’ que esperam qualquer oportunidade para nos apunhalar pelas costas.

Escancarámos as portas para receber milhares de ingleses que se passearam por cidades como o Porto, Lisboa e até no Algarve para assistirem à final da Champions League com duas equipas inglesas (Manchester City e Chelsea).



Era, diziam alguns, a oportunidade da volta dos turistas inglesas que tanta falta fazem à economia portuguesa. Embebedaram-se, provocaram desordens, não cumpriram com as regras a que a DGS submete todos os cidadãos portugueses. Acabou o jogo e foram-se embora, com a certeza que estiveram num país que os recebeu bem, lhes permitiu o que no seu território (UK) não lhes é permitido. Que mais podiam desejar...

Por cá, uns criticaram tudo isto, enquanto outros, como empresários e políticos, defendiam que foi um balão de oxigénio para o país.

Esqueceram-se que o ‘amigo’ inglês, ou seja aquele senhor louro, com aquele ar de despenteado, que dá pelo nome de Boris, resolveu que, a melhor maneira de pagar tudo isto, era retirar Portugal da lista verde (turismo) e tramar o mais antigo aliado (a 9 de Maio de 1386, os representantes do rei de Portugal, João I, e do rei de Inglaterra, Ricardo II, deram por terminadas as negociações entre as duas coroas e assinaram um tratado de amizade perpétua e mútua assistência entre os dois reinos: OTratado de Windsor).

Indignação da nação portuguesa. Insurgiram-se os políticos da oposição, acusando o governo que, algo falhou na diplomacia portuguesa e querem mais uma explicação no Parlamento. A explicação parece-nos óbvia e chama-se Brexit, porque os 27 da U.E., estão todos fora da lista verde da Inglaterra.

Mas vamos aos factos: um país que assenta a sua economia nas exportações e no turismo, quando os outros espirram os portugueses constipam-se. Um país que é a porta para a Europa, que deixou de ter estaleiros navais como a Lisnave e Setenave, como deixou de ter uma indústria metalomecânica robusta e exportadora ou, uma forte e competitiva frota pesqueira, já para não falar de vendermos aos poucos as empresas mais rentáveis, não pode chorar sobre o leite derramado.

Por detrás de toda esta farsa está o futebol com toda a sua força. Portugal não podia fechar as portas à UEFA para a final da Champions League, quando já estava decidido que, Portugal e Espanha iam apresentar uma candidatura conjunta para a realização do Campeonato do Mundo de 2030. Por conseguinte Portugal não ‘podia’ contrariar a poderosa e pouco escrutinada UEFA.


Fernando N. Marques|Foto-D.R.

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