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Monforte - MUNICÍPIO É PIONEIRO NA COMPOSTAGEM COMUNITÁRIA

Em 2018, foi aprovada a Diretiva (UE) 2018/851 do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a Diretiva 2008/98/CE relativa aos resíduos, que veio a estabelecer a obrigatoriedade dos estados membros assegurarem, até 31 de dezembro de 2023, que os biorresíduos são separados e reciclados na origem ou recolhidos seletivamente, a fim de evitar o tratamento de resíduos que relega os recursos para os níveis mais baixos da hierarquia de gestão dos resíduos, por exemplo aterro, e permitir uma reciclagem de elevada qualidade e de impulsionar a utilização de matéria-prima secundária de qualidade.


Com vista à análise de cenários de separação e reciclagem na origem e recolha selectiva de biorresíduos, nas vertentes técnica, económica e ambiental, foi elaborado, então, o Estudo Municipal para o Desenvolvimento de Sistemas de Recolha de Biorresíduos no Concelho de Monforte. Este Estudo foi apresentado em junho do ano passado.

A solução para o desvio de biorresíduos produzidos no Município de Monforte visa a implementação de compostagem comunitária para desvio dos quantitativos domésticos e não domésticos alimentares.

Ao nível de investimentos foram considerados 45 compostores comunitários de 1000l a colocar estrategicamente e respetivos acessórios (termómetro e misturador) bem como 821 baldes de transporte de resíduos a distribuir à população.

A transição para a reciclagem na origem de biorresíduos e o seu consequente desvio de aterro exigirão a participação e envolvimento de toda a comunidade local.


A mobilização de todos é essencial para a boa execução do projeto e para garantir a adesão continuada da população para a valorização de resíduos orgânicos. Tornou-se essencial a constituição de parcerias estratégicas com entidades da comunidade local que assumam a colaboração necessária à execução do projeto.

Nesse sentido, realizou-se, no auditório do Agrupamento de escolas do Concelho de Monforte, a sessão pública de apresentação do projecto “Monforte a decompostar” durante a qual foram prestadas informações relativamente às ações já incrementadas pelo Município e sobre as que estão previstas.

Nesta fase do projeto, estão criadas as condições para efetivar a participação de todos os interessados que, para tal, deverão inscrever-se, preenchendo uma ficha com os seus dados e as informações do agregado familiar e resíduos produzidos. Ficarão, então, a aguardar a validação pelo município e posterior contacto e receberão o balde de transporte de resíduos e guia de compostagem. Para começar a compostar, reciclando os biorresíduos produzidos na residência nos compositores comunitários disponibilizados de acordo com as indicações do Município, o participante deverá assistir ao workshop de compostagem.

Os que pretendam utilizar o adubo produzido nos compositores comunitários, deverão contactar o Município com essa solicitação.

Refira-se que os biorresíduos representam uma grande quantidade de recursos que podem ser utilizados em novas aplicações. É por isso crucial a transição para uma recolha selectiva de biorresíduos, pois só desta forma será conseguida a recuperação dos produtos que resultam do seu tratamento.

Sendo a separação e reciclagem na origem e a recolha selectiva de biorresíduos uma responsabilidade municipal, compete, pois, aos municípios definir, seguindo critérios de custo eficazes, a melhor forma de os gerir, seja por si, ou contratando terceiros. Aqui, o Município de Monforte encontra-se claramente na linha da frente assumindo-se como um dos pioneiros em todo o país.


(Fonte e fotos|CMMonforte)


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