O Ministro da Coesão Territorial Manuel Castro Almeida, inaugurou num palco criado para o efeito, a XIII Edição da Feira das Actividades Económicas de Arronches.
A sessão foi aberta pelo Presidente da Câmara Municipal de Arronches, João Crespo, que começou por saudar todos os presentes, agradecer a presença do Ministro, bem como todas as individualidades presentes, civis, militares, religiosas, associativas e IPSSs, entre as quais o Presidente da CCDRA, o representante da CIMAA, o representante da Assembleia Municipal de Arronches, vários Presidentes de Câmara e o Alcalde de La Codosera (Espanha).
João Crespo dissertou sobre aquilo que a FAE este ano tem para apresentar aos visitantes, destacando os empresários, sector agro-pecuário, o elenco de artistas que este ano passam pelo palco da feira, bem com a gastronomia, onde sugeriu inclusive, a que todos provassem essa iguaria que é a carne de porco, cuja produção hoje elevada a um nível superior, constitui indubitavelmente a melhor iguaria gastronómica do nosso concelho.
Da sua intervenção João Crespo (ouvir aqui intervenções) realçou o trabalho desenvolvido pelo seu executivo ao afirma que “tenho que partilhar convosco o que escuto não raras vezes, em visitas mas também por presidentes. Oiço muitas vezes dizer: senhor Presidente, Arronches está na moda. Se por um lado me sinto bastante orgulhoso com esta ideia generalizada, devo também sublinhar que tal é reflexo de uma aposta estratégica sustentada por este executivo na divulgação turística... mas não só”. Reforçando a ideia de que “queremos receber bem quem nos visita, sem perder o foco em quem escolheu o concelho de Arronches para viver e ser feliz”, Acrescentando que ao fazê-lo “ dessa forma reforçámos os apoios sociais à população e à fixação de famílias no nosso concelho. Mantemos o tema da habitação como grande prioridade, tendo já assinado contratos de financiamento PRR, no valor superior a um milhão de euros”, revelou.
O edil apontou ainda para a estratégia da definição de um apoio assertivo “ para a instalação de empresas no ‘Ninho de Empresas’ num espaço que se encontra totalmente ocupado, prevendo criar a médio prazo mais setenta postos de trabalho directos e indirectos, com a instalação de três novas empresas”, concluiu.
No uso da palavra o Ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, começo por pedir desculpa no atraso involuntário, saudar todos os presentes, realçar o discurso do Presidente, João Crespo pela sua estratégia para promover e dinamizar o concelho de Arronches. Isto porque das suas palavras retiramos parte da intervenção sobre um aspecto muito importante que é a desigualdade, entre o litoral e o interior desertificado.
Sobre essa circunstância referiu o Ministro responsável por esta pasta ao afirmar “ é preciso que o Estado central crie condições para ajudar as pessoas que possam escolher ficar na terra onde nasceram. Isso é um serviço enorme que prestam ao país. O contrário disto chama-se desertificação, que é péssimo para o país. Uma das razões que eu acho que os membros do governo não podem estar sempre em Lisboa, têm que trabalhar nos gabinetes etc, é preciso andar pelo país. Porquê? Por muitas razões, sobretudo porque é preciso ouvir os autarcas”. Neste raciocínio continuou por dizer que “eu não tenho pretensões nenhumas que venho cá trazer nenhuma solução para o desenvolvimento de Arronches. Eu tenho é que ouvir o vosso representante do que é que ele precisa. Ele já pensou, já reflectiu, já ouviu a Assembleia Municipal, já ouviu os partidos todos. Ele sabe melhor do que ninguém o que é preciso. Eu tenho é que estar atento às preocupações do vosso representante”.
A sua atenção como titular desta pasta, disse é “ouvir o vosso representante”, ele precisa de ter soluções “e em que é que o estado central pode colaborar”. Desmistificando o tema de ajudar disse: “ajudar não é esmola nenhuma, é colaborar!” porque estão “ a prestar um serviço ao país". O país tem que ser solidário “para se desenvolver verdadeiramente, tem que se desenvolver todo”.
Em seu entender diz que o país hoje “está a duas velocidades. É a realidade e eu tenho dito e volto a dizer com convicção, que é preciso que o país cresça no seu todo. Criação económica, criação de riqueza. O país que eu gostava de ter era chegar ao próximo ano de 2025, e por exemplo o país crescer 2,5% mas nas zonas do interior crescerem 3,5%”. Com convicção reafirmou que “é assim que tem que ser, o interior tem que crescer mais do que o litoral”, Afirmou.
(Redacção|Imagens e audio ©Notícias de Arronches)
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