FUTEBOL - PERDER COM DIGNIDADE
CAMPEONATO DE PORTUGAL SÉRIE C - 21ª JORNADA
ARRONCHES E BENFICA 0 - 1 PERO PINHEIRO
Arronches e Benfica (4-4-2) – David, Bairon, Aliú, Kakuba, David, Pelágio, Tiago, Maga, Gui, Mendy e Cipriano.
Treinador – João Trindade
Árbitro – Joel Martins (A.F.Setúbal)
Se tivéssemos que analisar o jogo em poucas palavras, diríamos que empenho, pressão e dignidade por parte do Arronches e Benfica, onde Cipriano foi o ‘Coates de Arronches’, jogou a avançado, passou para central e voltou para avançado.
Quanto ao Pêro Pinheiro (4-3-3) uma equipa mais estruturada a circular melhor a bola e com três homens na frente com qualidade.
Podemos gostar muito do clube da terra mas, quem escreve ou fala, deve ser imparcial. O início do jogo começou logo com o Pêro Pinheiro a fazer um golo anulado por ‘suposta ‘ falta e outro, em que foi bem assinalado o fora de jogo.
A primeira parte foi um jogo em que o Arronches e Benfica pressionou mais, com chegadas à área do adversário mas, pouco consequentes. Daí a igualdade a zero com que as equipas foram para os balneários.
Na segunda parte Trindade tirou o Aliú por ter visto cartão amarelo, alterando as dinâmicas e manteve o sistema, em que por vezes se via um 3-5-2. Baixou o Cipriano para central (o seu lugar) e fez avançar Ronaldo. Logo aos 10’, David salva o primeiro golo dos forasteiros com uma grande defesa, aliás o que iria acontecer por mais de uma vez. Quando decorriam 33’ Maga domina a bola e, numa situação de três para um, o Arronches e Benfica não consegue concretizar. Logo de seguida numa situação ofensiva, com o SAB desequilibrado o Pêro Pinheiro envia uma bola ao poste.
Nos momentos finais uma enorme defesa de David, para no último minuto do tempo de compensação, outra vez o Arronches e Benfica a facilitar (tinha saído Mendy já esgotado), o Pêro Pinheiro fazia o golo da vitória. Se foi merecido? No futebol ganha quem marca mais e não há vitórias morais.
Ficou para recordar deste jogo a grande entrega até ao último minuto dos jogadores do Arronches e Benfica. Se as alterações de sistema são benéficas? Os resultados dizem-nos que não. E voltamos aqui à questão por nós levantada logo na primeira volta do campeonato e que recordo: Será que a equipa técnica não tem capacidade? Os jogadores não têm a qualidade necessária, ou o projecto pura e simplesmente falhou? Em 21 jogos, 4 vitórias, 4 empates e 13 derrotas. Com 10 golos marcados e 31 sofridos. Fica a interrogação e abertos ao contraditório.
Fernando N. Marques|Fotos-N.A.