Especialistas alertam para a necessidade de proteger a Vida Selvagem
O Dia Mundial da Conservação da Vida Selvagem, que se assinala no dia 4 de Dezembro, surgiu com o intuito de reforçar a necessidade de protegermos todas as formas de vida, o que inclui as populações de vida selvagem, que contribuem para o equilíbrio dos ecossistemas, e diminuíram 69% desde 19701.

Um dos factores que tem contribuído substancialmente para que esta seja uma realidade é a crescente domesticação de animais selvagens, o que, afirma Mário Hilário, presidente da APIFVET (Associação Farmacêutica de Produtos Veterinários), “tem preocupado os especialistas, visto que representam um grande perigo para nós. Isto porque estes animais podem ser portadores de vírus com o potencial de ameaçar a saúde humana: segundo a Associação Europeia Animal Health Europe, aproximadamente 75% das novas ocorrências de doenças infecciosas em humanos foram zoonoses, sendo 72% delas provenientes de vida selvagem2”.
Mário Hilário, explica ainda que “as zoonoses surgem de infecções transmitidas naturalmente entre pessoas e animais vertebrados, tomando como exemplo a febre-amarela, a raiva, a gripe aviária, a toxoplasmose e o agora conhecido coronavírus. As mesmas podem ser transmitidas através de contacto directo, comida, água ou ainda pelo meio ambiente".
Além disso, a domesticação de animais selvagens ameaça ainda o equilíbrio dos ecossistemas, visto que contribui para a degradação das florestas e da biodiversidade, que, por sua vez, têm um papel fundamental no combate às alterações climáticas.
Assim, comprova-se a importância de reflectir sobre a importância do conceito “One Health”, que interliga a saúde animal, humana e ambiental como uma só.
(Fonte APIFVET|Foto-D.R.)