DA EMERGÊNCIA À CALAMIDADE
Depois de Marcelo Rebelo de Sousa declarar o fim do 15º Estado de Emergência e após o Conselho de Ministros, António Costa falou ao país sobre a nova situação que os portugueses vão enfrentar com o estado de calamidade, desde logo, debaixo da alçada da Protecção Civil, DGS e forças de segurança.

A partir de amanhã 1 de Maio reabrem as fronteiras (se Espanha assim o entender) e vêm aí o ‘balão de oxigénio de que tanto os sectores da restauração e hotelaria necessitam, tendo em vista, o aproximar do Verão.
O Primeiro-ministro chamou a atenção dos portugueses dizendo que "não significa isto [fim do Estado de Emergência] que o país possa considerar a situação ultrapassada", acrescentando que contudo “pudemos tomar a decisão de dar o passo em frente para a próxima etapa do desconfinamento".
O QUE MUDA COM O ESTADO DE CALAMIDADE
“Neste Dia do Trabalhador, passamos assim à próxima (e última) fase de desconfinamento. Abrem-se as fronteiras com Espanha e os restaurantes, cafés e pastelarias poderão funcionar no interior e exterior - com um máximo de 6 pessoas ou 10 em esplanadas -, até às 22h30, quer aos dias de semana, quer aos fins-de-semana. As salas de espectáculos adoptam também este horário”.
Também “os casamentos e outras celebrações podem ter, a partir de 1 de Maio, 50% da limitação das salas em que se realizam. Centros comerciais e lojas até às 21 horas dias de semana e 19 horas nos fins-de-semana e feriados”, mas haverá a “proibição de nos restaurantes e similares haver serviço de bebidas alcoólicas fora das refeições "de forma a não transformar esses estabelecimentos em bares, actividade que se mantém encerrada neste momento".
OITO CONCELHS FICAM ‘PARA TRÁS’
Dos 278 concelhos só 270 vão avançar. Miranda do Douro, Paredes e Valongo, recuam no desconfinamento - e passam para a segunda fase, Aljezur e Resende. Carregal do Sal fica no 2º nível, enquanto Portimão continua na primeira fase, após ter recuado nos últimos 15 dias.

Não avançam os concelhos de Odemira (freguesias de São Teotónio e Longueira/Almograve), São Teotónio pelo (elevado número de casos na comunidade dos emigrantes que trabalham sazonalmente nas explorações agrícolas sem condições de salubridade e distanciamento, sem a responsabilização das entidades empregadores), sendo as duas freguesias de Odemira sujeitas a cerca sanitária, Aljezur, Resende, Carregal do Sal, Portimão, Paredes, Miranda do Douro e Valongo.
Há outro conjunto de concelho que avançam como: Rio Maior, Moura, Alandroal, Albufeira, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela. E 27 em estado de alerta por mais de 120 casos por 100 mil habitantes.
António Costa referiu que a revisão do estado de calamidade passa a ser feita semanalmente e que os portugueses não querem mandar pela ‘borda fora’, tudo o que foi conseguido com muito sacrifico: o número de óbitos causados, o prejuízo na economia e a saúde das pessoas. Para isso apelou ao uso de máscaras, higiene e distanciamento social, e sempre que possível as pessoas manterem um grau de confinamento possível.
(Vídeo da intervenção do Primeiro-ministro na Home Page|Fotos-D.R.)