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Castelo de Vide - Exposição 'O que esconde a pedra'

O título desta exposição reflecte sua essência: revelar o que a pedra Escondido no seu interior.

A abertura da exposição tem lugar no próximo doa 20, pelas 17h00 no Jardim Sensorial do Museu de Tiflotologia em Castelo de Vide.


"Na Holanda, a presença de rochas é escassa, já que o subsolo é composto principalmente de lama e areia. Portanto, foi uma enorme surpresa descobrir a diversidade de pedras no ambiente onde vive. Granito, ardósia, diabasa, mármore, arenito, calcário: para um escultor, esta variedade é um tesouro inesgotável.

As rochas abrigam veias, rupturas, cores, cristais e brilhos, até contêm fósseis, encapsulando vida dentro das rochas, das quais mal temos ideia. Eles carregam consigo uma história.


 Por exemplo, a diabase, uma rocha de origem vulcânica presente nesta área, pode ter uma antiguidade de até 400.000.000 anos. Encontra a diabasa na forma de bolas redondas, peças irregulares e até pedaços enormes de 700 ou 800 quilos. Imagina que, em épocas passadas, as bolas menores eram usadas como armas de arremesso contra os inimigos ou como projécteis de canhão. O calcário, uma rocha sedimentar, formou-se no fundo do mar a partir de inúmeras conchas que foram depositadas durante centenas de milhões de anos. Ao esculpir o calcário, às vezes descobre fósseis dessas conchas. Quando o calcário é aquecido e derretido devido a movimentos tectónicos e altas temperaturas, sua composição química muda e o mármore, uma rocha metamórfica, é formado. O mármore que utiliza vem de Portugal.

Toda a sua obra é feita com a técnica de escultura directa em pedra. O objectivo é preservar ao máximo todas as propriedades distintivas de cada rocha e mostrar-lhes o devido respeito. Além disso, deseja destacar as propriedades que não são facilmente perceptíveis, tirando-as à luz. Ao mesmo tempo, tenta danificar a pedra o mínimo possível ao adicionar o seu toque pessoal.

Procura enfatizar os contrastes em cores, linhas e formas, tanto nas superfícies naturais como naquelas que lavrei e poliu. Procura sempre assimetria, linhas que se torcem, inclinadas ou oblíquas, formas curvas e rectas, bem como linhas e formas que sejam naturais e orgânicas".

Por: Lucia Beijlsmit

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