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Avelino Bento – Apresentação da obra Literária e Poética

Na Biblioteca Municipal foi dada a conhecer a obra deste autor, quer em prosa como em poesia, que contou com a apresentação da poetisa Amélia Bravo Vadillo da 'Filigrana Editora'.


Perante uma fraca plateia, ela mesmo reveladora da importância da cultura em Arronches (se não houver algo para mastigar e regar com um vinho ou uma mini, depois de estar algum tempo sentado a ouvir falar de livros), começou a apresentação da obra deste autor.

A Vereadora da Cultura da Câmara M. de Arronches, Maria João Fernandes, fez as 'honras da casa'. Agradeceu a presença de Avelino Bento, bem como dos poucos que se encontravam para assistir a este evento cultural, entre eles os amigos pessoais do autor, como Diogo Júlio e Daniel Balbino (este último fazendo parte da mesa), e justificou as ausências quer do Presidente, como do Vice-presidente.

A apresentação da obra de Avelino Bento esteve a cargo de Amélia Bravo Vadillo da 'Filigrana Editora' que, no seu castelhano já muito aportuguesado, nos transmitiu muito do que é a obra deste autor, tanto em prosa como em poesia. Falou-nos das suas inquietudes, da sua forte personalidade e do seu vasto currículo académico.

Das muitas apresentações de livros a que temos assistido ao longo destes anos, posso-vos garantir que, só a forma como ela foi estruturada (vídeo e música durante a leitura dos poemas), foi das melhores, senão a melhor que presenciámos.

Avelino Bento é um intelectual septuagenário, cheio de inquietudes, em busca de algo que fica sempre ao fim de um longo caminho…quase nunca alcançável. Levantou-se do 'desconforto' da cadeira e subiu ao conforto do espaço, da 'cena'. De pé, a sua figura transcendeu-se, quando falou de si e dos seus heterónimos, dos confrontos íntimos com outros autores que influenciaram a sua escrita.

Rebuscou em Lobo Antunes ou José Saramago, o colóquio, a participação. Falou do seu 'eu' e dos seus 'outros eus' e, com a sabedoria dos humildes, desculpou a pouca presença de público ao dizer “não estando aqui muita gente, agradeço à mesma. Arronches recebeu-me em 1964, perante uma fuga acutilante de Lisboa até cá, e fui bem recebido. Não é por estarem aqui três, quatro ou cinco pessoas que fico mais triste. Eu gosto de Arronches!”, referindo no entanto, a sua preocupação com os jovens (…)

Os poemas dos seus livros foram lidos pelo próprio, pela editora, por Célia Ribeiro e um excerto dum seu livro, por Daniel Balbino.

Sobre Avelino Bento:

Professor coordenador jubilado da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do IPP, Doutor em Sociologia da Cultura, actor/encenador e animador sociocultural.


(Fernando N. Marques|Fotos-Notícias de Arronches ©)

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