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Arte Rupestre - A lição magistral do Prof. Jorge de Oliveira na Esperança

A Junta de Freguesia de Esperança e o Grémio Transtagano levaram a efeito no dia 16 de Junho pelas 19h30, no Centro Cultural de Esperança, uma conferência a cargo do professor Jorge de Oliveira, sobre a Arte Rupestre na Serra de S. Mamede, que reuniu uma vasta e interessada plateia.

Depois da intervenção de Diogo Serra Júlio, Presidente do Grémio Transtagano e do Presidente da Câmara Municipal de Arronches, João Crespo que se congratulou com o evento, endereçando os parabéns pela iniciativa ao Grémio e à Junta de Freguesia de Esperança, na pessoa do seu Presidente, Luís Janeiro. A moderação/apresentação, esteve a cargo da Directora do Agrupamento de Escolas de Arronches, Professora, Ana Maria Reis, amiga pessoal do conferencista e contemporânea nos seus tempos de estudantes.

Com a capacidade invulgar que todos reconhecemos ao ilustre Professor Jorge de Oliveira, levou-nos através da história e do conhecimento científico, numa viagem à reminiscência dos povos que habitaram esta região da Esperança.

O despertar do interesse com a descoberta das grutas/abrigos de Altamira (Espanha), trouxe-nos para as “primeiras referências da arte rupestre para a área da Serra de S. Mamede que remontam aos inícios do século XX. Foi o escultor espanhol Aurélio Cabrera y Gallardo que identificou e divulgou, pela primeira vez, conjuntamente com Eduardo Hernández-Pacheco y Esteban, as pinturas rupestres do abrigo dos Gaivões, na Esperança. (Hernández-Pacheco, 1916) ”; enumerou todos os que, de alguma forma, deram continuidade a este trabalho de ir aos primórdios da investigação (hoje patentes as suas fotos no Centro Interpretativo das Pinturas Rupestres em Esperança) e, referenciando os vários períodos da história que remontam a muitos milhares de anos a.C., como Lascaux, Pinho Monteiro, Igreja dos Mouros ou a Sr.ª da Lapa, que atravessam os períodos Epipaleolítico, Mesolítico, Idade Média, Calcolítico ou idade Moderna.

Dissertou sobre as várias pinturas em que trabalhou com os seus alunos da Universidade de Évora, identificou o óxido de ferro e o fósforos como elementos fundamentais das pinturas e sobre que bases eram aplicadas, para prevalecerem no tempo nos vários abrigos em Esperança, Alegrete, Marvão ou na Sr.ª da Penha em Portalegre.

Terminou por recordar as descobertas em Arronches da Estela do ‘Rebolo’ e no ‘Monte do Coelho’, uma lápide votiva do século I a.C, afirmando que para além de serem consideradas com ‘Tesouro Nacional’, deviam estar em Arronches os seus originais e não as réplicas como acontece, porque fazem parte do património deste concelho.

Lamentavelmente no período das questões que deviam ser colocadas sobre a conferência, entrou-se por aspectos da política e, como bem disse o Dr. José Ricardo, respeitando as opiniões de cada um dos intervenientes neste campo, ele “há fóruns próprios para tratar estas questões”. Tendo em conta que o Grémio Transtagano, apenas e unicamente, trouxe à Esperança uma conferência com o conhecimento cientifico do ilustre Professor Jorge de Oliveira.


Sobre o Prof. Jorge de Oliveira


Doutoramento: História/ Arqueologia/Arqueologia (Universidade de Évora - 1995) Mestrado: Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Cientifica/Arqueologia e Pré-história (Universidade de Évora - 1988) Licenciatura: História (Faculdade de Letras de Lisboa - 1980)

Cargos: Assembleia de Departamento de História (Conselheiro), CHAIA - Centro de História da Arte e Investigação Artística (Membro Integrado Doutorado), Direcção de Curso do Programa de Doutoramento em Arqueologia (Adjunto), Laboratório de Arqueologia Pinho Monteiro (Director), Polo do Marvão (Responsável) [1].Universidade de Évora


Redacção e fotos-Notíciasde Arronches




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