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ARRONCHES – FEIRA DE MAIO

Com a passagem do confinamento a estado de calamidade e sendo da incumbência dos municípios autorizar ou não, as feiras e mercados, a Câmara Municipal de Arronches abriu hoje o espaço da feira para que se celebrasse a Feira de Maio.



Os tempos são outros e esta celebração não passa hoje de assinalar a data de 24 de Maio que, aí pelos anos sessenta, quando Arronches contava com uma população do dobro da actual, esta era a festa maior.


Recordava comigo hoje, entre as barracas dos poucos vendedores que vieram fazer a feira (para eles mais um mercado), João Galão o que eram esses seus tempos então de criança. Dizia-me que no Rossio, chegou anos de nesta feira, estarem presentes três circos, haver carrosséis e carrinhos de choque. Vinham as gentes da serra e todos, dentro das suas possibilidades, envergavam as suas melhores roupas.


Mas não eram só as atracções e divertimento porque “esta feira tinha a componente de ser também ela uma feira de gado. Aqui se negociavam gado vacum, ovino caprino e os famosos porcos de Arronches”.

Não há feira sem o ‘comes e bebe’ e o nosso interlocutor recorda que” todos aqueles que tinham tabernas na vila, ali debaixo de um pano da apanhar a azeitona, improvisavam as suas tabernas na feira, onde se comiam os petiscos e se bebiam uns copos, tratavam-se os negócios e punha-se a conversa em dia”, outros tempos, desabafa…


Foi uma conversa de improviso num encontro ocasional diz-nos, “senão trazia-lhe umas fotos que o meu pai gostava que o Varandas, o fotógrafo com a sua máquina ‘à la minuta’, fizesse todos os anos a mim e ao meu irmão”. Ficam para outra ocasião. Hoje deixamos as que captámos neste pequeno regresso ao passado, através de um reviver de memórias por parte deste nosso Amigo.

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